sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Biografia

Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque, nasceu no Rio de Janeiro, em 1944.Ele é um músico,dramaturgo e escritor brasileiro. Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, iniciou sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção A Banda, o Festival de Música Popular Brasileira . Em 1969, com a crescente repressão da Ditadura Militar no Brasil, se auto-exilou na Itália, tornando-se, ao retornar, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhador do Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004.
Casou-se com e separou-se da atriz Marieta Severa, com quem teve três filhas: Sílvio, que é atriz e casada com Chico Diaz, Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown e Luísa. É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário do que tem sido propagado na internet, Áurélio Buarque era apenas um primo distante do pai de Chico. Ele faz parte da literatura e do teatro brasileiro. Ele deixou de participar de programas de televisão porque teve problemas com o apresentador Chacrinha por causa de uma piada sobre a letra da música Pedro Pedreiro, mas depois voltou a participar de um programa com Caetano Veloso. Muitas de suas músicas são referentes à ditadura no brasil em 1969. E ainda participou de alguns filmes. Chico Buarque de Hollanda, tem sua discografia completíssima desde que iniciou a sua carreira até hoje.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque
Postado por Andreza Dantas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vai passar (Francis Hime/Chico Buarque)

Vai passar
Nessa avenida um samba
popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram
sambas imortais
Que aqui sangraram pelos
nossos pés
Que aqui sambaram
nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa
história
Passagem desbotada
na memória
Das nossas novas
gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão
distraída
Sem perceber que era
subtraída
Em tenebrosas
transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo
continente
Levavam pedras feito
penitentes
Erguendo estranhas
catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma
alegria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)

Palmas pra ala
dos barões famintos
O bloco dos napoleões
retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma
cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório
geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório
geral
Vai passar.

A música feita por Chico Buarque retrata que no dia do carnaval, exatamente no local onde todos estavam brincando, foi um dia, na ditadura militar, um campo de batalha, em que ocorreram muitas mortes, exatamente quando ele fala ''...Que aqui passaram sambas imortais, que aqui sangraram pelos nossos pés...'' Isso tudo representa a época da ditadura militar, ele fala que os filhos levavam pedras como se fossem penitentes, ele diz também que eram lembranças, ou seja que aquilo havia passado e que ali, naquele momento, era o carnaval, e apesar de tantas mortes ter ocorrido no local, apenas se via a felicidade do carnaval em todos que ali estavam !

Postagem feita por Nicole Negreiros

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Apesar De Você (Chico Buarque)

Hoje você é quem manda, Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal

Essa música do Chico Buarque foi escrita na época da ditadura militar, representa uma crítica aos ditadores, que impunham suas regras ao povo. A letra diz "Você que inventou esse estado, e inventou de inventar a escuridão" e essa escuridão que ele fala, é em relação a opressão da época, sobre tudo que estava acontecendo, a autoridade que eles colocaram acima de toda a população.
Na época da ditadura militar, a política no Brasil era governada pelos militares, caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. "Apesar de você, amanhã há de ser, outro dia" diz o verso, e representa a esperança de cada cidadão, de que aquela situação pudesse ser revertida. A letra dessa canção, era o sentimento que cada um tinha naquela época. Essa é a ideia que ele desejava passar.

E aqui, pra quem desejar ouvir, está o vídeo da canção:
http://www.youtube.com/watch?v=faW8ZJSOwFw&feature=related

Comentado por Aline Fonseca.